
Em 2025, profissionais liberais como médicos, advogados e engenheiros, que estão vinculados a conselhos reguladores, geralmente não poderão se registrar como Microempreendedores Individuais (MEI). No entanto, abrir um CNPJ pode oferecer vantagens como economia tributária, maior credibilidade e acesso a benefícios que não estão disponíveis para autônomos, além de ser importante contar com um contador especializado para facilitar o processo de formalização.
O profissional liberal pode se tornar MEI? Essa é uma dúvida comum entre aqueles que atuam como prestadores de serviços. Neste artigo, vamos explorar as regras atualizadas e entender se esses profissionais podem abrir empresas como microempreendedores individuais.
O que é um profissional liberal?
Um profissional liberal é aquele que possui uma formação acadêmica regulamentada e se dedica a oferecer serviços técnicos e científicos, destacando-se por sua autonomia. Esses profissionais atuam de forma independente, sem a necessidade de abrir uma empresa, e estão frequentemente registrados em conselhos profissionais, como a OAB para advogados e o CRM para médicos, garantindo a regulamentação de suas atividades.
Dentre os exemplos de profissionais liberais, encontramos médicos, engenheiros, arquitetos e jornalistas. Essas profissões exigem formação específica e, muitas vezes, a filiação a uma entidade de classe. Essa estrutura oferece não apenas respaldo legal, mas também oportunidades de networking e acesso a cursos de atualização, fundamentais para o desenvolvimento contínuo na carreira.
Como o próprio nome indica, os profissionais liberais têm a liberdade de gerenciar sua própria agenda e valorizar seus serviços de acordo com o mercado. Ao prestar serviços, eles são responsáveis por tributos como Imposto de Renda, INSS, PIS e ISS. Embora a autonomia e a flexibilidade sejam atraentes, o caminho dessa profissão também inclui desafios, como a variação de renda e a necessidade de autogerenciamento.
O que é MEI e quais são as regras?
O Microempreendedor Individual (MEI) é uma modalidade de empresa desenvolvida com o intuito de formalizar pequenos negócios no Brasil, oferecendo uma alternativa viável para quem deseja empreender com simplicidade.
Essa categoria permite a emissão de notas fiscais e proporciona ao empreendedor um CNPJ, essencial para diversos trâmites comerciais.
As características do MEI incluem um faturamento máximo anual de R$ 81 mil, o que torna esta opção atraente para muitos profissionais que atuam de forma autônoma.
Com a utilização do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS-MEI), a tributação se torna superfácil.
O valor mensal do DAS é atualizado todos os anos, englobando INSS, ISS e ICMS, resultando em um processo simplificado de pagamento de tributos.
O MEI é uma excelente alternativa para aqueles que buscam formalização sem a complexidade de abrir uma empresa tradicional.
Profissional liberal pode ser MEI?
O conceito de profissional liberal pode ser confundido com o modelo de MEI. Entretanto, existem restrições que limitam essa possibilidade. Profissionais como médicos, advogados, engenheiros e psicólogos geralmente estão vinculados a conselhos ou ordens reguladoras, o que impede sua atuação como MEI.
Ou seja: para quem se pergunta se profissional liberal pode ser MEI, a resposta é não – na maioria dos casos, embora existam exceções.
Na prática, o profissional liberal pode ser MEI apenas em áreas que não se enquadram em profissões regulamentadas. Como mencionado anteriormente, o faturamento máximo permitido para MEI é de R$ 81.000 por ano, o que pode não ser suficiente para muitos profissionais liberais que costumam gerar rendimentos mais altos.
Além disso, o modelo MEI não permite que o indivíduo seja sócio ou proprietário de outra empresa, limitando a liberdade de atuação e crescimento.
Quais são as profissões que podem ser MEI?
Como você já sabe, o regime Microempreendedor Individual (MEI) foi criado com o intuito de facilitar a formalização de pequenos negócios e, por isso, o registro só é permitido em atividades que estão alinhadas a esse objetivo.
As profissões MEI abrangem principalmente setores de menor risco e faturamento, promovendo o empreendedorismo em diversos ramos. A lista de atividades MEI inclui comércio, serviços, produção cultural e artesanato. Algumas das opções que os empreendedores podem considerar são:
- Vendedor ambulante de alimentos
- Cabeleireiro
- Mecânico
- Artesão
Mais uma vez, devemos salientar que o faturamento anual não pode ultrapassar R$ 81 mil, limitando assim o perfil de empreendedor beneficiado a um patamar mais baixo.
Por outro lado, profissionais como advogados, médicos e engenheiros não se enquadram nas atividades permitidas no MEI, dado que suas funções exigem regulamentação específica. Para conferir a lista completa de profissões que podem ser MEI, você pode acessar o site do Ministério do Trabalho e Emprego. Vale lembrar que o rol é atualizado com frequência, e por isso, vale a pena ficar de olho.
Quem profissionais liberais não podem ser MEI?
As restrições dos profissionais liberais são claras no que diz respeito ao registro como MEI. Na prática, os profissionais liberais não podem ser MEI devido à legislação vigente, que exige regulamentação específica para certas profissões.
Alguns dos profissionais liberais que não podem ser MEI incluem:
- Advogados (OAB)
- Médicos (CRM)
- Engenheiros (CREA)
- Contadores (CRC)
- Veterinários (CRMV)
- Fisioterapeutas (CRF)
- Dentistas (CRO)
O motivo é simples: esses profissionais necessitam de uma formação específica e registro em conselhos de classe para poder executar suas atividades. No cotidiano, essa regulamentação garante que os serviços prestados sejam de acordo com normas de qualidade e ética estabelecidas.
Por consequência, torna-se inviável para esses profissionais se formalizarem como MEI, que não oferece flexibilidade suficiente para as complexidades de suas práticas.
Profissional liberal pode abrir empresa? De quais tipos?
Sim! Os profissionais liberais têm diversas opções para abrir empresas e atuar de maneira legal no mercado de trabalho brasileiro. Além do MEI, existem outras modalidades, como a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), a Sociedade Limitada (LTDA) e o modelo de Empresário Individual (EI).
Seja qual for o modelo escolhido, optar pelo CNPJ traz vantagens para quem busca gerenciar com eficiência suas atividades.
As principais opções de empresas para profissionais liberais são:
- Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): permite que o profissional atue sozinho, protegendo seu patrimônio pessoal e oferecendo uma série de vantagens fiscais.
- Sociedade Limitada (LTDA): envolve mais de um sócio e proporciona maior flexibilidade na divisão de lucros e responsabilidades.
- Empresário Individual (EI): estrutura simples que facilita a formalização. O empresário é o único responsável, mas não há separação de bens pessoais e empresariais.
A partir daí, as vantagens de escolher a Sociedade Limitada Unipessoal incluem:
- Responsabilidade limitada ao capital social investido;
- Facilidade na abertura de conta bancária PJ;
- Possibilidade de emissão de notas fiscais para empresas, órgãos públicos e pessoas físicas.
Vale salientar que a documentação necessária para abrir um CNPJ para profissionais liberais é simples e inclui:
- RG e CPF;
- Carnê do IPTU ou inscrição imobiliária do endereço;
- Registro no conselho de classe da categoria.
Após a abertura do CNPJ, o processo envolve a emissão do documento, a inscrição municipal e a obtenção do alvará de localização e funcionamento. A formalização traz muitas facilidades, como uma melhor organização financeira, acesso a crédito e a possibilidade de contratar funcionários, o que é um grande diferencial em comparação ao MEI.
Qual a diferença entre MEI e autônomo?
A diferença entre MEI e autônomo envolve aspectos importantes de formalização e atuação no mercado de trabalho. Enquanto o Microempreendedor Individual (MEI) possui um registro formal, permitindo a emissão de CNPJ, o autônomo geralmente atua sem essa formalização, utilizando recibos de prestação de serviço.
A formalização de autônomo requer menos complicações, mas pode resultar em algumas desvantagens. Os autônomos não têm acesso aos benefícios de uma pessoa jurídica, como a simplificação da carga tributária e a possibilidade de emitir notas fiscais.
De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas, apenas um em cada quatro autônomos possui CNPJ, o que pode indicar uma preferência ou necessidade de maior formalização.
Além disso, ser MEI ajuda a garantir um limite de faturamento de até R$ 81 mil por ano e a contratação de um funcionário.
Por outro lado, os profissionais autônomos frequentemente enfrentam uma carga tributária mais alta devido à aplicação do Imposto de Renda, INSS, PIS e ISS de forma individual, enquanto o MEI se beneficia do Simples Nacional, que permite a unificação de tributos em um único pagamento.
Assim, a escolha entre ser MEI ou permanecer como autônomo depende de diversos fatores, como o tipo de atividade exercida e a intenção de formalização, que, por sua vez, reflete na tributação e nos benefícios envolvidos.
Vale a pena abrir CNPJ como profissional liberal?
Optar pela formalização com CNPJ traz diversas vantagens para os profissionais liberais. Um dos principais benefícios dessa escolha é a economia tributária: profissionais que se registram com um CNPJ podem economizar até 20% em impostos comparado à tributação aplicada a autônomos, aproveitando as alíquotas reduzidas do Simples Nacional.
Outro benefício significativo do CNPJ é a oportunidade de deduzir despesas operacionais, como aluguel e material de trabalho, ao apresentar a contabilidade como Pessoa Jurídica. A adoção dessa estratégia resulta em um aumento na capacidade de gestão financeira, o que é imprescindível para o crescimento do negócio.
Mas não é só isso! A formalização com CNPJ também confere maior credibilidade perante contratos e clientes. Empresas formalizadas são frequentemente vistas como mais confiáveis e estáveis, o que facilita a conquista e a fidelização de clientes, pois muitos preferem contratar profissionais que operam legalmente.
É por isso que muitas áreas têm percebido um aumento na demanda por profissionais liberais com CNPJ, tornando a contratação desses profissionais mais comum. Além disso, a possibilidade de participar em licitações públicas é uma vantagem competitiva significativa que não está disponível para aqueles que trabalham como autônomos.
Por fim, a flexibilidade em escolher entre regimes tributários como Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional oferece a profissionais liberais a possibilidade de otimizar sua carga tributária.
Quanto custa para abrir uma empresa?
A abertura de uma empresa no Brasil envolve uma série de etapas que devem ser seguidas cuidadosamente. Em um primeiro momento, a burocracia para abertura de empresa pode parecer desafiadora, mas compreender cada passo facilita o processo para profissionais liberais.
O primeiro passo é registrar a empresa na Junta Comercial, cuja taxa de registro pode variar conforme o estado. A partir daí, um dos custos principais a se considerar no processo é a abertura do CNPJ. Este número de 14 dígitos possibilita a formalização de atividades e a redução dos custos abertura CNPJ em relação ao Imposto de Renda Pessoa Física.
Os profissionais liberais que atuam como pessoa física enfrentam uma carga tributária entre 7,5% e 27,5%, dependendo da faixa de rendimento mensal.
A seguir, temos uma visão resumida dos custos envolvidos e diferenças de tributação entre as modalidades de registro:
Modalidade | Faixa de Rendimento | Carga Tributária (%) | Impostos Estimados (R$) |
---|---|---|---|
Pessoa Física | Até R$7.000,00 | 7,5% a 27,5% | Entre R$525,00 e R$1.925,00 |
Simples Nacional | R$7.000,00 | 6% a 15,5% | R$420,00 |
Lucro Presumido | R$7.000,00 | 11,33% + ISS | R$1.003,10 + ISS |
A formalização de empresa no Brasil também permite a participação em licitações públicas e a contratação formal de funcionários, aumentando a credibilidade e potencializando a atração de clientes.
Os profissionais liberais, como médicos ou advogados, podem se beneficiar de vantagens fiscais ao optarem por formalizar suas atividades. Finalmente, é importante ressaltar que a manutenção do CNPJ implica processos e custos burocráticos, como a prestação de contas que pode ser mais complexa em relação à atuação como pessoa física.
Por isso, contar com um contador especializado é uma boa estratégia para guiar nesse caminho e garantir que todos os trâmites sejam manejados de forma correta e eficiente.