Benefício Trabalhista

Tenho direito à estabilidade durante tratamento psicológico?

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Com o aumento dos casos de ansiedade, depressão, burnout e outros transtornos emocionais, muitos trabalhadores estão se afastando do trabalho para cuidar da saúde mental. Mas surge uma dúvida importante: quem está em tratamento psicológico ou psiquiátrico tem estabilidade no emprego?

A resposta depende de alguns fatores, como o tipo de afastamento, laudos médicos e eventual concessão de benefício pelo INSS. Neste artigo, você vai entender quando há estabilidade, o que a empresa pode (ou não) fazer e como proteger seus direitos.

A empresa pode me demitir durante tratamento psicológico?

Depende. Veja os cenários possíveis:

1. Se você está em tratamento, mas trabalhando normalmente

  • Não há estabilidade automática
  • A empresa pode demitir sem justa causa, desde que não haja discriminação nem relação com o tratamento
  • Se houver assédio ou perseguição por estar doente, você pode acionar a Justiça por discriminação

2. Se você se afastou e recebeu auxílio-doença comum (B31)

  • Também não há estabilidade garantida por lei, mas os tribunais têm reconhecido reintegração em casos de doença grave ou reincidência
  • Cada caso deve ser avaliado individualmente

3. Se o afastamento foi por doença relacionada ao trabalho (auxílio-doença acidentário – B91)

  • Nesse caso, existe estabilidade por 12 meses após o retorno
  • Exemplos: burnout causado por sobrecarga, depressão provocada por assédio, crises de ansiedade geradas por ambiente tóxico

Importante: o nexo entre a doença e o trabalho deve ser comprovado por laudos e reconhecido pelo INSS ou via ação judicial.

Quais documentos podem ajudar?

  • Laudos psicológicos ou psiquiátricos
  • CID (Classificação Internacional de Doenças)
  • Atestados com recomendação de afastamento
  • CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), se a doença tiver relação com o trabalho
  • Laudo do INSS confirmando o benefício

Esses documentos são fundamentais para garantir direitos como afastamento, estabilidade ou reintegração.

Fui demitido em tratamento. O que fazer?

Se você foi demitido e acredita que:

  • A empresa agiu de forma discriminatória
  • Sua doença está relacionada ao trabalho
  • A demissão ocorreu durante o benefício ou logo após o retorno

Você pode:

  1. Procurar um advogado trabalhista
  2. Solicitar reintegração ao emprego ou indenização
  3. Ingressar com ação judicial pedindo estabilidade e danos morais

A Justiça pode reconhecer que a demissão foi nula e determinar sua volta imediata ao cargo, além do pagamento dos salários do período parado.

Cuidar da saúde mental é um direito. E se a empresa não respeita esse momento, você pode — e deve — exigir proteção legal.

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